O que se pode esperar de um filme produzido pelo governo do PT? Fidelidade à história? Desapego à ideologia partidária? Antes que busquemos respostas para esses questionamentos, cumpre alguns esclarecimentos.
O governo do PT no Piauí está patrocinando um filme. Pretende aplicar nada menos que R$ 8,275 milhões na produção de “Mandu Ladino”. É a pretensa história de um índio rebelado que provavelmente viveu em terras piauienses no século XVIII. Veja mais aqui.
Para começo de conversa, o artista brasileiro, em sua maioria ligado à esquerda, não sabe viver sem uma teta governamental. Como secou a teta da Lei Rouanet, de âmbito federal, no governo Bolsonaro, eles agora buscam amparo nos governos estaduais ligados ao sinistro ideológico da esquerda.
A produção do filme tem despesas surreais. Além das suspeitas que já elencamos em reportagem anterior, identificamos agora uma série de gastos que consideramos excessivos, e certamente desnecessários. Aliás, o próprio financiamento seria desnecessário diante das prioridades que nós temos por aqui.
Serão gastos R$ 100 mil com prevenção à Covid 19. Também estão sendo projetados gastos de cerca de R$ 20 mil com táxi. Haja deslocamentos. E mais aproximadamente R$ 30 mil com a equipe de segurança. Não teremos atores e sim verdadeiras celebridades nos sets de produção desta obra.
As filmagens de Mandu Ladino devem iniciar em junho e julho deste ano. Devem movimentar todo o ambiente artístico do estado. Mas ainda não sabemos quem serão os atores contratados. Há indicações de que a maioria será de fora. O produtor Paulo Betti faz segredo sobre o elenco.
A desprodução será em agosto. Ou seja, nesse período será desmontado todo o esquema físico da produção. Mas a história toda já começou em dezembro do ano passado com o desenvolvimento da produção que encerrou em março. Pelo menos está no cronograma. Não se sabe nem mesmo se essa parte foi concretizada. Na verdade, não se vê nenhuma movimentação em torno do filme.
Em março e até maio deveria estar ocorrendo a pré-produção. Seria a escolha do elenco, das locações, a montagem dos cenários, definição dos figurinos e tudo o mais. No entanto, não se nota qualquer agitação no meio artístico. Pelo contrário, os artistas locais certamente nem sabiam desse grande acontecimento para o futuro do cinema brasileiro.
Mesmo assim, o governo está aplicando uma verdadeira fortuna no patrocínio da película. Para se ter uma ideia do tamanho da produção que teremos por aqui, o filme sobre a vida do terrorista de esquerda Carlos Marighella, morto em 1969 pelo regime militar, produzido pelo ator comunista Wagner Moura, custou nada menos que R$ 10,13 milhões. Teve patrocínio da Ancine - Agência Nacional do Cinema.
Não sem razão, o produtor de Mandu Ladino será um notório petista, o ator Paulo Betti, que já fez campanha para Lula e fez algumas visitas ao Piauí em oportunidades anteriores para negociar a produção deste filme. A propósito, os direitos autorais da obra custarão R$ 40 mil. O autor do livro que serve de inspiração é o conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado, Anfrísio Neto Lobão Castelo Branco.
Outra despesa considerável é a pesquisa, para a qual estão sendo destinados R$ 50 mil.
Outro chamamento à razão: o filme “7 Prisioneiros”, que não foi produzido por nenhum esquerdista ligado ao PT, e sim pela Netflix, teve orçamento de R$ 36 mil. Foi produzido pelo premiado Fernando Meireles. E tem Rodrigo Santoro no papel principal. (Toni Rodrigues)
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